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quinta-feira, 20 de agosto de 2009

O HÓLON DA ASCENSÃO


Uma mensagem planetária dos Hathors, através de Tom Kenyon
28 de Janeiro de 2009


Vocês estão para entrar num período altamente volátil, cheio de extraordinário potencial, embora cheio de perigos.

Em Março do ano passado mostramos que o campo magnético de sua Terra estava tendo perturbações e uma mudança de sua configuração. Sua ciência agora descobriu que isto é, de fato, uma realidade.

Em termos bem simples, há uma abertura na magnetosfera, que circunda a terra, protegendo-a dos ventos solares. Tal abertura é decorrente de um ciclo que ocorre naturalmente, mas a extensão e magnitude desta abertura é muito grande. Está permitindo e permitirá a entrada de grandes volumes de plasma do sol. Isto aumentará as tempestades magnéticas, perturbações nas telecomunicações, distúrbios nos circuitos bio-elétricos (tais como os do sistema nervoso humano), e mudanças no clima. Os resultados desta abertura e a crescente carga da magnetosfera aumentarão nos próximos anos.

Nosso foco nesta comunicação não está nos impactos negativos desta abertura, mas nos efeitos positivos que abre para ‘os que estão prontos’.

O seu corpo de energia sutil, conhecido pelos antigos egípcios como KA e chamado de corpo etéreo pelos iogues é altamente sensível ao plasma solar e afetado por ele. Um aumento no fluxo e qualidade das irradiações solares aumenta o nível vibratório do corpo KA. Esta é uma oportunidade muito benéfica e auspiciosa para os que estão conscientemente participando de seu processo de ascensão. Deixe-nos ser precisos sobre o que queremos dizer pelo termo ascensão, porque ele tem muitas conotações diferentes e maneiras de ser visto.

Por ascensão queremos simplesmente significar um movimento para a conscientização.

Vocês não “vão” a lugar algum. Vocês não “deixam” lugar nenhum (NT: este é um dos conceitos de ascensão. Os arcturianos, por ex, têm um outro. Falaremos sobre ele em outra oportunidade).

O que acontece é que sua perspectiva, sua percepção, são radicalmente alteradas. Vocês começam a enxergar através de maya, ou a ilusão deste mundo, que é criada através da dança das partículas subatômicas numa configuração do que vocês chamam de matéria.

Através do processo de ascensão vocês percebem que são criadores de sua experiência do que chamam de “mundo”. Não significa que vão ‘deixar’ este mundo, mas sim que vocês o transcenderam – ao mesmo tempo que ainda são parte dele – porque vocês vêem, através das lentes da percepção, que a vida é um filme que vocês estão projetando.

Poder-se-ia dizer que vocês estão num cruzamento. Conforme os fluxos solares entram em sua magnetosfera, os corpos KA de todos os humanos aumentam em vibração. Mas para alguns, isto acarretará perturbações e dissolução, enquanto para outros proporcionará a possibilidade da ascensão – um movimento em direção à conscientização.

Esta mensagem é dirigida especificamente para aquelas pessoas que escolheram a espiral ascendente. Seu desafio nestes tempos é permitir que a ativação de seu corpo KA se mova para o alto, mesmo que muitos à sua volta pareçam estar indo para baixo. É essencialmente uma questão de vibração, junto com expectativa e crença. É a união destes três que possibilitará o nascimento do impulso criativo para um novo destino.

O que queremos dizer com isto?

É preciso uma enorme energia para transcender ou transmutar uma condição negativa ou uma limitação que foi colocada sobre alguém. Vocês foram hipnotizados coletivamente com uma visão da realidade que é fixa, confinada, limitante, em suma, nada menos do que uma prisão.

Quando se enxerga através das mentiras e manipulações, o velho mundo não parece o mesmo e ainda assim a percepção das mentiras não nos liberta delas. Elas têm uma vida própria e uma tendência a continuar. É preciso uma nova energia – um nível de vibração aumentado – para superar a letargia e a inércia que são intrínsecas a suas limitações culturais. Este é o presente dos fluxos solares - o plasma solar que está fluindo e fluirá em grandes quantidades para dentro de sua magnetosfera – porque eles aumentarão o nível vibratório de seu corpo KA.

Mas é aí que está o que podemos chamar de “cruzamento na visão de seu destino”. Para aqueles de vocês que aceitarem, ou pelo menos que estão começando a ver através das mentiras da limitação que tem sido impostas a vocês e fizeram a escolha de seguir adiante para o processo de ascensão, esta ativação do corpo KA é um milagre maravilhoso de se ver, pois sua vida será agraciada com o poder de transcender suas próprias limitações de maneiras que antes não tinham estado disponíveis. Será como se o próprio cosmos estivesse se juntando a vocês na dança de sua libertação.

Mas para os que não escolherem viver a elevação da consciência, ou, em outras palavras – os que escolherem permanecer aprisionados pelas limitações, que procuram, por ex., culpar os outros por seus infortúnios, que buscam ‘bodes expiatórios’ para sua falta de felicidade; para os que insistem em viver no velho mundo de conflito – este aumento de vibração do corpo KA não será uma bênção; será uma experiência parecida com uma maldição. Porque eles terão que trabalhar duramente para manter as coisas como sempre foram.

A trama de suas velhas realidades continua se desenrolando ao mesmo tempo em que novas realidades estão sendo criadas. Esta é, na verdade, uma situação estranha. E o que queremos comunicar muito claramente é que vocês têm o poder inato e a habilidade de tecer novas realidades para vocês, novas liberdades de pensamento e espírito, não importando o que esteja acontecendo à sua volta.

A partir de nossa perspectiva, vemos esta situação progredindo durante os próximos anos e a caracterizaríamos como uma situação dupla em que muitos de vocês ascenderão, ou seja, caminharão para frente, enquanto outros se movimentarão para a dissolução, a destruição. Isto será (já é), essencialmente, baseado numa escolha pessoal.

Este é um ponto muito importante para nós e queremos comunicá-lo com tanta clareza quanto possível. Cada um de vocês tem a responsabilidade para escolher os pensamentos e criações que desejarem. Alguns escolherão a liberdade – porque não suportam estar contidos por mais tempo – as mentiras são simplesmente uma carga muito grande para se perpetuar. Outros de vocês escolherão o aprisionamento – porque o temor da liberdade e a responsabilidade da escolha pessoal são muito grandes para suportar.

Este é o cruzamento na estrada da evolução.

À medida que suas realidades simultaneamente se dissolverem e se recriarem, e nos referimos aqui aos desafios econômicos que vocês estão enfrentando, assim como aos desafios ecológicos e sociais, alguns de vocês poderão experimentar tempos muito difíceis. Mas nunca percam de vista o fato de que vocês são os criadores de suas vidas e que podem recriá-las a qualquer momento, não importa quais sejam as circunstâncias.

Os que os manipulam, o fazem através do medo e da perpetuação das limitações culturais - a crença que sua vida depende de certos fatores externos.

O que vocês descobrirão no processo de ascensão é que estes fatores externos são na verdade projeções de sua própria e mais profunda consciência. São “flashes” em uma tela de cinema, e vocês podem mudá-los rapidamente através da mente, quando o fazem a partir da fonte e não do efeito, e a fonte é sua própria mente. O mistério de como isto ocorre se revela a vocês no processo de ascensão, tão naturalmente como uma orquídea desabrochando. Está inculcado na própria natureza, e este conhecimento se auto-revela à medida que vocês entram no caminho para frente. Já dissemos em comunicados anteriores que uma das chaves é o que vocês chamam de gratidão. Estes estágios da emoção são uma característica e uma expressão dos poderes criativos que vocês têm. O que queremos dizer com isto ficará claro para vocês assim que se encaminharem para o processo de ascensão.

Em comunicações futuras pretendemos discutir a física interdimensional da gratidão e a maneira como afeta sua realidade externa. Mas agora queremos lhes dar uma ferramenta que sentimos os ajudará neste período durante os próximos anos, conforme os fluxos solares entrarem na magnetosfera e começarem a estimular seus corpos KA.

Há alguns poucos pontos fundamentais que queremos abordar antes de dar a técnica.

O primeiro fundamento é que vocês precisam ter feito a escolha de se mover para frente na conscientização, para que esta técnica funcione. A intenção pela qual vocês seguram seu KA promove o resultado. O segundo ponto é que vocês precisam estar num estado emocional de gratidão quando empregam este método, porque a gratidão é a característica deste tipo de criação. O terceiro ponto é que isto se baseia numa conexão entre o KA – seu corpo etéreo – e um aspecto mais alto de vocês, dimensionalmente falando, que era conhecido como BA pelos antigos egípcios. O BA reside num lugar da consciência que está fora do tempo e do espaço, conforme vocês os constroem.

Seu ponto de entrada é um lugar sobre a cabeça (NT – estendam seus braços horizontalmente e depois os elevem acima de suas cabeças até que suas mãos se encontrem – é esse o lugar.) O aspecto interdimensional de seu “self”, o BA, é altamente receptível à gratidão. E é do BA que vocês recebem a energia que fortalece o KA e o prepara para receber os fluxos solares.

Chamamos este método de ‘Hólon da Ascensão’. (NT – ta palavra “hólon” deriva de ‘holograma’ e pode ser entendida como uma espécie de ‘criação aparente’) Como os dois Hólons prévios que já demos, o Hólon de Equilíbrio e o Hólon de Cura, ele é baseado numa forma geométrica específica. A geometria favorece a energia e geometrias específicas fazem que a energia flua de modos específicos. Este Hólon em particular é baseado numa forma de disco. (NT – você vai criar a forma de um disco ao seu redor) Você se coloca dentro dele. O topo do disco corresponde à localização do BA, onde suas duas mãos se tocariam se vocês as estendessem sobre a cabeça. A parte mais baixa do disco é a base de sua espinha, se vocês estivessem sentados de pernas cruzadas. Se estiverem de pé ou sentados numa cadeira, então seus pés estariam na base do disco. A linha central que vai do topo da cabeça, através do corpo e através do períneo, é o eixo central do disco.

Em sua imaginação, gire o disco ao redor do eixo central.
Para a maioria das pessoas a direção natural seria girar para a direita, mas pode ser para a esquerda – o que parecer certo para você, é a direção correta. O tamanho ou diâmetro do disco não tem importância. Você pode criá-lo tão grande ou tão pequeno quanto queira. A cor do disco também não importa, mas se você é uma pessoa visual, sugerimos experimentar a cor branca. O movimento do disco no mundo imaginário... o mundo de sua imaginação... cria uma força de rodamoinho.

Uma vez que você tenha colocado o disco em movimento, sua atenção vai para o BA sobre sua cabeça e você envia gratidão para o BA – um sentimento de gratidão. Haverá uma resposta de algum tipo da alma celestial, o BA.

Neste momento, dirija sua atenção para a base de sua coluna, o Chakra da Raiz, porque este é o que puxa a energia celestial para o corpo KA. Então, durante os próximos cinco a dez minutos, você simplesmente mora dentro do disco, permitindo que ele gire com sua atenção em seu BA e na base de sua coluna. Haverá um fluxo de energia do BA para o corpo físico, descendo até a base da coluna. Às vezes será uma sensação muito suave. Em outras será como um raio laser ou uma coluna de fogo ou um riacho. Pode assumir diversas formas.

Conforme esta energia desce do BA para a base da coluna, ela se irradia para o corpo KA, energizando-o.

Vocês podem fazer isto tantas vezes quanto quiserem. Sugerimos pelo menos uma vez por dia. Atenção: se vocês praticarem isto muito frequentemente ou por períodos de tempo muito longos, podem sentir uma reação de cura. Isto é causado pelas energias celestiais fluindo do BA para os órgãos físicos do corpo e fazendo com que liberem a negatividade, toxinas e outros materiais negativos que restringem sua força vital. À medida que o corpo KA se torna mais energizado, será capaz de incorporar partículas do fluxo solar e isto acelerará muito sua ascensão.

Este é o método básico. E como sugerimos, uma vez por dia. São necessários apenas de cinco a dez minutos, desde que sua intenção seja claramente a de aumentar sua conscientização.

Agora queremos que sua atenção se volte para uma atividade de serviço planetário e para uma descarga energética que estamos denominando A Grande Tríade.

No primeiro final de semana de Abril ( 3 a 5 de Abril de 2009), estaremos promovendo uma reunião em Seattle, Washington, em que utilizaremos o Hólon que acabamos de apresentar, e em conexão com os três templos que estabelecemos fisicamente no Novo México, na Costa Rica e no Nepal. A união dos três terá o propósito de aumentar a luz da iluminação.

Antes desse evento, na metade de Março, vamos liberar outra Mensagem Planetária, com instruções para os que não poderão estar conosco fisicamente em Seattle. Estas instruções permitirão que tais pessoas que não podem se unir a nós fisicamente, estejam conosco energeticamente e participem desta ação de serviço planetário.

Do ponto de vista do mito egípcio e do conhecimento iniciatório, sua civilização está na Iniciação de Anmit, que é essencialmente uma passagem da busca do poder para o amor e as mais elevadas percepções que vêm dos Chakras mais altos. É uma luta entre o que querem perpetuar um mundo de conflito, como estágio para conseguir e manter o poder, e os que querem viver uma vida de cooperação-entendimento, que é a conexão básica de todo processo vital.

O objetivo desta reunião será duplo: oferecer um domínio maior do Hólon que discutimos e como utilizar os fluxos solares (que já estão nos atingindo) para a ascensão pessoal: e para liberar na atmosfera emocional da Terra uma iluminação espiritual que beneficiará toda a vida e fará aumentar o peso do lado da balança que leva à cooperação em vez do conflito.


OBSERVAÇÕES DE TOM SOBRE O HÓLON DA ASCENSÃO

Em 24 de março de 2008, os Hathors enviaram uma mensagem planetária intitulada “O Campo Magnético da Terra”, dizendo que o campo magnético terrestre estava passando por uma perturbação e transformação (vide Arquivos Hathor para consultar informações originais).

Em dezembro de 2008, a NASA anunciou que o Projeto Themis havia detectado uma imensa fenda no campo magnético terrestre, e que num futuro próximo isso permitiria que uma grande quantidade de plasma solar entrasse na magnetosfera terrestre. A magnetosfera protege a Terra de tempestades solares e do vento solar (plasma). Mas com a fenda, predizem os cientistas, haverá um aumento das tempestades magnéticas nos próximos anos. Essas tempestades costumam afetar as telecomunicações, o que deve ser “do interesse” de uma cultura cada vez mais dependente de tais formas de comunicação (inclusive a Internet).

Para ver o relatório da NASA, acesse www.nasa.gov e digite a palavra Themis na janela de busca. Quando a página abrir, clique em Mission News.

Eu, pessoalmente, sinto certo alívio quando a ciência valida algo que os Hathors informaram, e devo dizer que isso tem ocorrido com uma freqüência notável.

Existem vários elementos que considero interessantes nessa mensagem. O mais proeminente consiste na declaração dos Hathors de que o aumento de plasma na magnetosfera aumentará o nível vibratório do corpo KA (nosso corpo sutil).

Com este tipo de informação, estamos, é claro, deixando a ciência para trás e adentrando o mundo da percepção, que eu pessoalmente chamo de “woo-woo”. Quando digo woo-woo estou me referindo à percepção não-ordinária (especialmente da variedade psíquica). Acho que é possível acomodar lógica e woo-woo, desde que mantenhamos nossa sabedoria a respeito de nós mesmos e os limites entre ambas, bem claros. Portanto, sempre que possível, gosto de traçar uma linha definida entre o que é ciência e o que é woo-woo. E estamos, definitivamente, acima dessa linha, de acordo com esta última mensagem.

O KA

O corpo KA era conhecido e utilizado pelos antigos alquimistas egípcios.. É às vezes chamado de gêmeo etérico ou sósia espiritual. Possui o mesmo tamanho e a mesma forma do corpo físico (chamado de Khat pelos antigos egípcios), mas é um corpo-energia. Não é feito de carne e osso, e sim de energia, ou melhor, principalmente de energia.

Se o KA tivesse massa, pareceria ter muito pouca. Tenho feito experiências com o KA em estados meditativos por mais de duas décadas, e parece que ele possui uma série de habilidades interessantes. Algumas dessas habilidades são decorrentes de sua natureza inerente, que parece obedecer às leis da mecânica quântica e não à física Newtoniana. Isso abre uma porta para uma fascinante estrutura de fenômenos não-ordinários.

Ascensão

De acordo com o antigo conhecimento alquímico egípcio (do modo como eu interpreto e entendo), o KA é crucial para o processo de ascensão.

Como esclarecem os Hathors em sua mensagem, a ascensão está relacionada com um movimento de elevação da consciência – uma expansão de consciência. Não está relacionada com deixar o mundo ou ir a qualquer lugar. Quando alguém está no processo de ascensão, está vivendo no mundo e transcendendo o mundo ao mesmo tempo.

Ascensão vs. Dissolução.

Outro ponto que considero importante é a idéia de que estamos adentrando um período de potencial ascensão e/ou potencial dissolução simultaneamente. O esforço de nos movermos além de nossas limitações culturalmente impressas pode, quase sempre, ser positivamente exaustivo para muitos de nós.. E a imprensa traz cada vez mais histórias de pessoas que perderam o uso da razão. Hoje, quando escrevia este texto, li sobre um casal que perdeu os respectivos empregos e, por isso, decidiu matar os cinco filhos e se suicidar. Temo que essa instabilidade mental esteja em alta, e por isso os Hathors nos incitam a nos conscientizarmos de que temos tanto a capacidade inata como a responsabilidade de vivermos em movimento ascendente (ascensão), mesmo que os que nos cercam estejam se separando (dissolução).

O Hólon da Ascensão

Nessa mensagem, os Hathors nos oferecem uma ferramenta fundamental, ou tecnologia interna, que consiste em um tipo específico de Hólon que fortalece o KA para que este resista às fortes pressões energéticas e nos auxilie ao longo do processo de ascensão.

Para aqueles que não conhecem os Hólons, sugiro que visitem nosso site – www.tomkenyon.com – acessem a seção Hathors Archives e cliquem nas mensagens que tratam do Hólon do Equilíbrio (Holon of Balance) e Hólon da Cura (Holon of Healing). Essas duas formas geométricas são altamente benéficas e muito fáceis de usar.

O Hólon da Ascensão é um pouco mais complicado que os outros dois Hólons fornecidos pelos Hathors. Isso se deve ao fato de ele coordenar a criação de uma geometria imaginada, em conjunção com um estado emocional (gratidão), e a direção de um fluxo energético dentro do KA.

Como se diz, uma ilustração vale mais que mil palavras, portanto a primeira coisa que quero compartilhar com você é um pequeno desenho da geometria e uma descrição ponto por ponto do processo.

Geometria

>Perceba que sou meio retardado em termos de habilidades artísticas, portanto tente transcender minhas limitações pessoais para o desenho. Você notará no diagrama abaixo que existe uma figura humana (você) sentada dentro de um disco. Você verá duas linhas pontilhadas que sobem da altura dos ombros e vão até um ponto acima da cabeça (o ponto BA). As linhas pontilhadas representam seus braços, como se você estivesse estendendo suas mãos acima de sua cabeça. O ponto BA se localiza onde suas mãos se tocariam. Esse ponto, você pode notar, é também o topo do disco.Neste diagrama, a figura está sentada com as pernas cruzadas, o que significa que suas nádegas estarão tocando o fundo do disco. Você não é obrigado a sentar-se de pernas cruzadas. Se achar mais confortável sentar-se em uma cadeira, a base do disco ficará sob seus pés. O mesmo se aplica se você quiser fazer o Hólon em pé. O tamanho do disco fica de acordo com a preferência pessoal. Você pode ter um disco baixo e largo ou um alongado e elegante. Pessoalmente, faço o diâmetro do meu disco medindo cerca de 15 metros . Imagino-o na cor branca brilhante, mas não há necessidade de imaginá-lo de qualquer cor, nem mesmo vê-lo mentalmente. Apenas sinta o disco da maneira que achar mais natural.

Olhando-se o disco de cima ou de baixo, ele parecerá, evidentemente, um círculo. Após estabelecer o disco em sua imaginação, comece a girá-lo em torno do eixo central (que passa pelo topo da sua cabeça, atravessa o centro do seu corpo e sai pelo períneo – ponto que fica no meio da distância entre o órgão genital e o ânus). Costumo girar o meu no sentido horário, mudando o sentido de tempos em tempos para variar. A maioria das pessoas, segundo os Hathors, vai girar naturalmente no sentido horário. Mas gire o seu disco na direção que lhe parecer correta. O movimento giratório estabelece um vórtice nos reinos sutis e facilita o movimento de energias celestiais do BA para o KA.

Quando sentir que o disco imaginado está girando, você está pronto para o próximo passo.

Leve sua atenção ao ponto BA (acima de sua cabeça, no topo do disco). Dirija seus sentimentos de reconhecimento ou gratidão ao BA, e isso abre a porta de acesso ao fluxo de energias celestiais. É o ‘sentimento real’ de reconhecimento ou gratidão, não o ‘pensamento’ de gratidão, que ativa o fluxo proveniente do BA. Conforme você continua a enviar reconhecimento/gratidão ao BA, vai sentindo um movimento descendente de energia que o BA emite em resposta. Pode levar alguns minutos para essa resposta ocorrer, ou vários, se você não estiver acostumado a sentir energias sutis. Mas, por fim, você sentirá a resposta do BA à sua gratidão dirigida. Quando isso ocorrer, leve sua atenção para a base da coluna.

A energia segue a atenção


Conforme você leva a atenção para a base de sua coluna, o fluxo de energia celestial proveniente do BA faz movimentos descendentes até o chakra básico, ou da raiz, e se fixa no interior do KA. Neste momento, tudo o que deve fazer é descansar no interior do disco giratório enquanto mantém sua atenção no ponto BA acima de sua cabeça e no chakra da raiz, na base de sua coluna. Permita-se sentir o movimento da energia celestial até sua base e de lá até seu corpo KA. Quando sua mente vagar, apenas traga sua atenção de volta ao disco giratório e à conexão entre o BA e sua base. Se sua atenção se desviar por muito tempo, o fluxo de energia será interrompido. Se isso acontecer, apenas redirecione seus sentimentos de gratidão até o BA, como fez no início. À medida que o fluxo se reinicia, mantenha sua atenção no BA, na sua base e no disco giratório.

O Fluxo

Conforme o fluxo de energia celestial do BA para o chakra da raiz se processa, é importante se conscientizar de que se trata de um fluxo que está alimentando o corpo KA.. O chakra da raiz é utilizado para ancorar a energia, mas a energia em si se move de várias formas pelo KA, fortalecendo, revitalizando e elevando o nível vibratório do corpo KA.

A minha experiência pessoal com este fluxo que vai do BA ao chakra básico adquire diversas formas em diversas ocasiões, dependendo – acho eu – do estado do meu próprio sistema energético e do estado de espírito em que me encontro ao meditar.

Às vezes, o fluxo é bem delicado, quase imperceptível. Outras vezes, é como um feixe de raio laser pulsando energia do BA até minha base, e daí por todo meu corpo KA. Às vezes, ele toma a forma de uma coluna espiralada de fogo etérico que se afunila do meu BA até a base e pulsa energia e luz por todo o KA partindo da própria coluna de fogo. E às vezes, é uma corrente de luz de ouro líquido que se derrama a partir do BA. Em todos os casos, há sensações físicas distintas de intensificação, mas em vários níveis. Imagino que cada pessoa que fizer esta prática terá suas próprias variações de experiência.

Eu realmente acho, inacreditavelmente, que de cinco a dez minutos, como sugerem os Hathors, são suficientes para recarregar meu corpo KA. E, em algumas ocasiões, ocorrem experiências maravilhosas de transbordamento da energia celestial do KA para o meu corpo físico (KHAT). Quando isso acontece, sinto que a força vital está sendo concedida aos meus órgãos físicos.

Fiz experiências prolongando o tempo de meditação até vinte minutos e posso relatar que às vezes experimento uma reação de purificação ao ficar cerca de quinze minutos nesse processo – do jeito que os Hathors calcularam.. Esse nem sempre é o caso, mas ocorre com certa freqüência, o que me faz sentir no dever de mencionar. Imagino que esse tipo de reação ocorreria em diferentes tempos para diferentes pessoas, com base em muitos fatores; portanto não estou sugerindo de jeito nenhum que você vá experimentar uma reação de purificação durante a meditação, caso prolongue o tempo além de dez minutos – estou apenas relatando que isso acontece comigo de vez em quando.

Essas reações são resultado da desintoxicação espiritual e/ou física, já que, nesse modelo de energia, certos tipos de pensamentos e emoções possuem qualidades tóxicas. E se a energia altamente vibratória do BA é levada para o corpo KA por tempo suficiente, ela fará com que o corpo comece a liberar esses tipos de elementos tóxicos. Essas liberações não são perigosas, mas pode ser difícil controlá-las, pois podem incluir reações como náusea, dor de cabeça, dores no corpo e uma inesperada torrente de lixo mental e/ou emocional.

Sugiro aos que experimentarem este Hólon notável que encontrem sua própria zona de conforto.

Comece com cinco minutos. Veja o que acontece. Então, lentamente, aumente o tempo.

Para os super-empreendedores e do tipo obsessivo (onde me incluo), um lembrete: este Hólon não é uma maratona. Praticar mais não traz necessariamente melhores resultados. O objetivo é energizar o corpo KA, não fritar suas nádegas. Portanto, seja moderado. Moderação não quer dizer mediocridade. À medida que você continua a trabalhar com o Hólon, encontra sua zona de conforto natural. Talvez seja mais de dez minutos, talvez menos. E de qualquer modo, entrar nesse estado meditativo uma vez ao dia lhe trará resultados altamente benéficos.

Usando a música

Experimentei este Hólon em silêncio e ouvindo música psicoacústica, destinada a aprofundar estados alterados. Às vezes prefiro fazer meditação em puro silêncio, sem estímulo auditivo. É agradável sentir as energias se movimentando no interior do KA e psiquicamente ouvir os sons internos que elas geram, sem “interferência” externa. Outras vezes, acho que ouvir música psicoacústica é muito estimulante, e quase sempre intensifica a experiência. Depende do meu estado de espírito. Quero silêncio ou quero acompanhar as ondas do som psicoacústico para amplificar a experiência? Se você optar pela música, sugiro que ouça algo que o faça se sentir relaxado e leve sua atenção para seu íntimo.

Como sei que muitos vão me perguntar sobre minhas músicas preferidas, vou citar algumas. Se optar pela música, gosto de ouvir Lightship ou Infinite Pool enquanto pratico este Hólon. Elas intensificam bastante a experiência. Também acho que Wave Form e Wave Form II dão sustentação à experiência, de uma forma mais delicada.

Idéias Finais

Se os Hathors estiverem certos a respeito do fato de que o aumento de atividade do plasma na magnetosfera irá energizar e ativar nossos corpos KA, então temos uma experiência muito emocionante pela frente nos próximos anos. Apesar dos imensos desafios que vêm ao nosso encontro, em tantas frentes, este é um tempo que oferece grande oportunidade – uma oportunidade de evolução espiritual sem precedentes.. Encaro o futuro com sentimento de temor e entusiasmo, do tipo que nunca vi antes. Que o caminho que você escolheu trilhar nestes tempos o eleve e que seus dias sejam preenchidos de muita luz, muita vida e muita risada.

Tom Kenyon


www.tomkenyon.com

colaboradores: M/A, Laura e Anna Maria

terça-feira, 18 de agosto de 2009

“Dá uma olhadinha no meu mapa ?”


A coisa mais comum pelos fóruns de astrologia sao as pessoas perguntando sobre si mesmas. Até aí nao teria nada de mais se nao fosse o problema da enorme quantidade de paraquedistas que só querem ouvir coisas bonitinhas sobre si mesmos, nao tem respeito pelo tempo que as pessoas investem na análise, nao dao feedback, etc, etc.

Uma das coisas que mais ofendem um astrólogo sério é pedir pra “dar uma olhadinha no mapa”. Você pediria pro advogado “dar uma olhadinha” no contrato social de sua empresa, de graça, e ainda esperaria uma resposta completa em cinco minutos ? Pouca gente percebe que isso é uma desvalorizaçao do conhecimento alheio, principalmente que é um trabalho muito árduo, pois pra se fazer uma previsao, dependendo do método do astrólogo, ele pode olhar dezenas de cartas pra chegar a uma conclusao…

Nao me levem a mal. Óbvio que todo mundo tem o direito e a curiosidade de fazer perguntas quando aparece a oportunidade. É assim que se aprende. Eu gostaria que um astrólogo do porte do Steven Birchfield ou do Zoller, falasse algo sobre a minha carta. Mas falar sobre a minha carta é diferente de falar sobre mim !

Você acha que eu ia perder meu tempo perguntando bobagens sobre quem eu sou ? Com 30 anos, 11 meses e contando os dias pra passar definitiva categoria de “trintao”, eu seria muito bobo de perguntar pra um dos astrólogos mais gabaritados do mundo: “fale algo sobre mim”. É obrigaçao minha saber, ne ? Ou acha que depois de brigar por 30 anos com a minha mae, eu quero ouvir “vejo que você briga muito com sua mae”? Mas infelizmente as pessoas adoram ouvir essas coisas, deixam elas super contentes, acho que demora meses pra elas perceberem “péra um pouco, eu já sabia que eu brigava com minha mae”.

Com a possibilidade de você perguntar pra pessoas sobre seu futuro, sobre se você vai casar ou ter filhos, quais sao as épocas de problemas financeiros em que você deve economizar, e nada disso, o povo quer saber se escorpiao é vingativo e se libra é indeciso, que broxante…

Me lembro de um exemplo do Steven Birchfield que ele sabia que ia passar por um péssimo período de finanças e saúde. Que fez ? Gastou um dinheiro mas segurou tudo que podia, as dívidas, a casa, a saúde, etc. Quando o período negro chegou, e ele ficou com uma terrível dor nas costas, a empresa dele demitiu 80% de todos os empregados, ele estava com a vida financeira em ordem.

Ou quando uma chefe dele, que acreditava em astrologia, e queria saber sobre um projeto e ele disse “vai dar m#%d@” e a empresa só nao foi à falência porque a mulher seguiu o conselho dele: documentou cada reuniao, exigiu que qualquer decisao fosse tomada por escrito, etc, foi o que salvou eles na hora que a empresa contrada que fez caquinha tentou processar eles pelos seus próprios erros…

Agora, ele fez essa previsao “dando uma olhadinha” na carta ? Claro que nao. Foram semanas de estudo. Eu, que sou muito mais fraquinho mas até acerto algumas coisas, também tenho que passar um tempao antes de minimamente começar a saber o que vai acontecer num retorno solar, e olhe lá…

Assim, queria dar esse conselho pra pessoas:

As pessoas, inclusive eu e os mais amargados, têm sim boa vontade com você, mas se você pergunta “pode dar uma olhadinha”, e entrega o mapa no nosso colo, com 10 planetas, 12 casas, e ainda quer que interprete sua lilith em quadratura com quiron, você está sim abusando. Isso é serviço grande, pelo qual as pessoas esperam remuneraçao.

Quando você encontrou uma boa alma desocupada, que está disposta a se dar a esse trabalho todo, por favor, lembre de sua mamae e das boas maneiras que ela ensinou. A coisa mais comum é você perder uma hora e meia pra interpretar um mapa solar de alguém que depois sequer se digna a olhar o próprio post pra ver se alguém respondeu, quanto mais agradecer, quanto mais dar feedback, que é o mais importante pra um astrólogo !

Nao pergunte coisas bobas, de cultura pop astrológica ! Você teve a sorte de achar na internet um astrólogo que foi com a sua cara e você vai perguntar se Leao combina com gêmeos ? Se esse é nível máximo de astrologia que a pessoa tem, mesmo assim nao vejo desculpa, pois é uma “informaçao” que pode ser encontrada em 30 segundos na Net.

E, por último, se você nao quer seguir nenhum dos conselhos acima, pense que o prejudicado vai ser você. Está cheio de fascínoras na internet, desde os astrólogos maionese, sem consistência nenhuma, garotas capricho que se acham “bruxas” ou “vidente” porque assistem Hex, os guerreiros da New Age, para os quais os seres humanos sao dividos em evoluídos (eles) e bagaço (nóis)…

Ou seja, as chances de você pegar na internet um idiota que diga que você tem que mudar de país ou de trabalho (a nova moda que eu adorei foi a de “mude o seu nome” !) , ou que você “vai morrer cedo”, ou “vejo que nunca terá filhos”, etc, sao imensas. Nao acredita em mim ? Nos últimos meses já vi exemplo de tudo isso, deixando um monte de gente desesperada…

http://yuzuru.wordpress.com/

tudo isso ou algo mais


"Fico pensando no verdadeiro sentido de gostar de si mesmo. Afinal de contas, como dizem os filósofos: “Quem somos nós?”. Somos o “eu”, somos nossas atitudes, somos o corpo? Somos tudo isso, ou somos algo mais? Do que tenho lido e estudado na cultura de onde o Yoga é originário, isso de inflar muito o “eu” não é saudável."

[Coluna Pé no chão, por Marcos Rojo - Prana Yoga Journal #17]

Estou certo de que muitos de vocês já viram a pintura da Roda da Vida. É uma pintura muito popular que vocês podem ver na frente de quase todos os monastérios buddhistas [tibetanos]. De fato, alguns eruditos buddhistas acreditam que esta pintura existiu antes mesmo das estátuas de Buddha. Este é provavelmente o primeiro símbolo buddhista que existiu.

A pintura é, de forma livre, uma representação da vida. Suponho que a curiosidade sobre a vida é uma grande curiosidade que nós temos. Mas a definição de vida é uma coisa bem diversa, então temos de chegar a um acordo mútuo sobre isto. Sei que muitos se referem a isto como a Roda da Vida, sidpa'i khorlo. Mas, realmente, a palavra tibetana sidpa não é realmente "vida". Sidpa realmente significa "existência possível" — talvez seja existente, talvez não, mas é possível que exista. Essa é uma interpretação da vida de acordo com o buddhismo. A interpretação em si é muito profunda, eu penso. E então khorlo significa "a roda", "o chakra", "a mandala", o que novamente em si mesmo possui algum significado profundo porque, quando falamos sobre "mandala", estamos falando sobre o caos; ao mesmo tempo, estamos falando sobre a ordem. Então, estamos falando sobre uma ordem caótica acerca da vida.

Eu estava perguntando às pessoas sobre a definição da palavra "vida". Há muitas definições, mas uma que me chamou a atenção foi "vir à vida", "tornar-se animado". Tenho um sentimento de que, quando falamos sobre "animado", estamos falando sobre algo como a consciência. Então, basicamente, quando falamos sobre "vida", penso que de algum modo estamos falando sobre algo que tem a ver com a mente, a consciência, o estado desperto. Vocês concordariam com isso?

Então, tudo bem, há esta pergunta: Qual é o propósito da vida? Mas antes de falarmos sobre o propósito da vida, o que é vida? Agora, de acordo com o buddhismo, a vida é nada mais é que uma percepção, uma percepção contínua. Isto tornou-se o assunto principal e fundamental dos ensinamentos buddhistas, que é ensinado de muitos modos diferentes, e um modo é através da pintura, eu suponho. Então, se olharem para a figura, vocês verão a interpretação buddhista da vida. Se perguntarem aos buddhistas, "O que é vida?", eles responderão, "É isto, isto é vida". De qualquer modo, como disse, a vida é uma percepção. Uma percepção do quê? Quem é o percebedor? O porco preto no centro. É muito difícil ensinar sobre isto. Isto tem sido o assunto principal dos estudos buddhistas porque vocês têm de definir o que é ignorância. No buddhismo, quando julgamos o que é ignorância e o que não é ignorância, não julgamos algo como ignorante ou mau baseado na moralidade ou na ética. Isto tem de ser julgado com base na sabedoria. Então, quando falamos sobre ignorância, estamos falando sobre uma mente que está no nível da anormalidade. Quando a mente está no nível da normalidade, então isso é sabedoria.

Brevemente, como vocês definem o que normal ou o que não é normal? A definição de Nagarjuna do que é normal é quando algo não é dependente. Se uma entidade depende de uma outra entidade, então nunca estamos certos se a cor ou a qualidade desta entidade presente é realmente a natureza última, porque ela é dependente de uma segunda entidade. Há sempre uma possibilidade de que a segunda entidade possa corromper a primeira entidade. Então, do mesmo modo, uma mente que é dependente de um objeto, uma mente que é dependente de todos os tipos de educação, influência, meditação, é uma mente anormal de acordo com Nagarjuna. Então, o que é uma mente normal? É quando vocês renunciam completamente a todos estes objetos, todas estas entidades das quais sua mente é total ou parcialmente dependente.

Então, agora vocês podem dizer que o porco, que representa a ignorância, é aquele que causa toda esta percepção. Esta não é a melhor pintura. Idealmente, o galo e a cobra deveriam ser vomitados da boca do porco, porque o porco faz nascer a paixão — o galo — e a agressão — a cobra. Agora, por favor, não venham com aquela mentalidade pequena sobre isto ser uma coisa politicamente incorreta, um porco representando a ignorância e assim por diante. Isto é um debate inútil! Por favor, vocês têm de entender que isto é um ensinamento simbólico. E, de algum modo, não sei por quê, os porcos sempre têm sido desafortunados. Os buddhistas têm representado os porcos como o símbolo da ignorância e os muçulmanos até mesmo se privaram de comê-los.

De qualquer modo, o porco representa a ignorância. Da ignorância vem a esperança, que é realmente como a mãe da paixão, e então da ignorância vem o medo, que é como a mãe da agressão. Então, temos três tipos de fatores mentais. É claro que o original é a ignorância, que faz nascer a agressão e a paixão. Então, vocês podem dizer que estes três são os que percebem as coisas. Estávamos falando sobre a percepção. Estes três percebem as coisas de muitos, muitos modos diferentes.

Às vezes, a partir da ignorância vem a esperança de querer ser bom. A partir deste querer sem bom, uma pessoa comporta-se ou manifesta-se de um modo compassivo e não-violento. Neste caso, as percepções dessa pessoa são mais saudáveis, então vocês podem dizer que este tipo de pessoa experiencia percepções como o reino humano, o reino dos deuses e o reino dos semideuses (ou deuses invejosos). Às vezes, a partir da ignorância vem a paixão ou agressão, que criam muita confusão — matam, roubam, destroem a si mesmo ou os outros e fazem nascer percepções não-saudáveis, dolorosas, agressivas. Isso é representado no que chamamos de "três reinos inferiores" — o reino do inferno, o reino dos fantasmas famintos e o reino animal. Então, estes são os seis reinos.

Aqui, há uma mensagem muito importante. Quando os buddhistas falam sobre o inferno, eles não estão falando de um lugar concreto em algum lugar sob a Terra. E quando falamos sobre o céu, não estamos falando sobre algum lugar onde tudo funciona. Não estamos falando de lugar ao qual se migra, basicamente. Quando falamos sobre ir para o inferno, não estão falando sobre ser punido. Penso que o conceito de punição é uma coisa muito nova para os buddhistas, realmente. Apesar de podermos dizer, "Se vocês fizerem tal e tal karma negativo, por causa deste karma negativo vocês irão para o inferno", não estamos falando que há alguém chamado "karma" que irá então forçá-los a experienciar os reinos inferiores como uma punição. Como falamos antes, é uma percepção, dependente da sua mente, dependendo do seu estado mental.

Vamos discutir os seis reinos.

Já que o reino do inferno é o pior, vamos falar sobre ele primeiro, de modo que possamos tirá-lo do caminho. Isto é realmente muito profundo. No reino do inferno, todos os tipos de sofrimento são representados. No centro do reino do inferno senta-se Yamaraja, que é como o Senhor do Inferno. Um Hell's Angel [Anjo do Inferno], eu suponho, não uma Harley Davidson, mas sentado confortavelmente sobre um trono feito de crânios. A pergunta interessante é, "Quem é este cara?"

A partir de muitos textos Mahayana, sabemos quem ele é. Este é ninguém mais que o bodhisattva Manjushri. E quem é Manjushri? Manjushri é o símbolo da sabedoria. Então, novamente aqui, o Senhor do Inferno, que decide quem deve sofrer o quê, por assim dizer, é realmente a sua própria natureza última de sabedoria, sentada lá. Então, há coisas como ser queimado no inferno quente, cair na armadilha no gelo e nas montanhas de neve do inferno frio, e então há todos os tipos de animais.

Há uma coisa que preciso dizer a vocês. Uma das razões pela qual a Roda da Vida era pintada fora dos monastérios e sobre os muros (e foi realmente incentivada até mesmo pelo próprio Buddha) é para ensinar esta filosofia buddhista muito profunda de vida e percepção aos fazendeiros ou vaqueiros de mentes mais simples. Então, estas imagens sobre a Roda da vida são apenas para se comunicar com a audiência geral. O Senhor do Inferno, Yamaraja, segura um espelho. Novamente, isto é muito simbólico — para estarem livres do inferno, vocês não procuram por uma fonte externa, vocês olham para si mesmos: a meditação, como meditação shamatha ou meditação vipashyana.

Agora, há algo muito interessante sobre o reino do inferno. Dentro deles, vocês podem ver uma luz branca subindo, que simboliza que o inferno também é impermanente. Não é que, se vocês forem uma vez para o inferno, então é isso e não há mais saída. Não é assim. Afinal, é a percepção que vocês têm. Se mudarem sua percepção, vocês também podem sair do inferno. Então, há uma pessoa que é representada deixando o inferno.

Então há o reino animal, com todos os tipos de animais. Os tibetanos não viam muitos animais. Os australianos seriam melhores pintando este reino. Os animais nos oceanos e os animais sobre a terra — suponho que eles devem ter esquecido os animais no céu, como os pássaros.

E então há o reino dos fantasmas famintos. Os seres aqui têm um estômago muito grande, um pescoço muito fino e uma boca muito pequena, e estão sempre com fome e com sede, procurando por comida em todo lugar. De modo bem interessante, há alguns fantasmas famintos sentados lá que têm jóias, mas eles são tão mesquinhos que não as dão às outras pessoas. Claro que não! Mas também não as usam para si mesmos. Apenas as guardam para o próximo dia ou para o próximo ano.

Então há o reino dos deuses — castelos, garotas dançando, belas árvores que têm todos os tipos de ornamentos, pessoas passando sua vida apenas ouvindo música, tocando música, tomando banhos, tudo é muito perfeito.

E há o reino dos deuses invejosos. Eles são tão ricos quanto os deuses, mas têm um problema, que é a briga. Eles adoram brigar porque são invejosos todo o tempo. Por exemplo, eles lutam muito com os deuses. Esta árvore é chamada "a árvore que realiza desejos". Ela nasce realmente no reino dos deuses invejosos. Os deuses invejosos ficam ocupados tomando conta desta árvore, mas ela é tão grande que, quando dá flores e frutas, geralmente o faz bem lá em cima, e apenas os deuses podem alcançá-las. Então, o esforço de todos os deuses invejosos em tomar conta da árvore é desperdiçado. Isso realmente engatilha muita raiva e inveja, que então cria muita briga entre o reino dos deuses invejosos e o reino dos deuses. Tristemente, os deuses sempre ganham, mas os deuses invejosos simplesmente não desistem. Eles sentem que um dia poderão derrubar aqueles no reino dos deuses.

No reino humano, vemos sofrimento e dor — nascimento, morte, velhice, doença. Ao mesmo tempo, vemos pessoas se divertindo, por exemplo. Também vemos pessoas pensando, contemplando e descobrindo. Então, temos seis reinos. De forma livre, vocês podem dizer que, quando a percepção vem mais da agressão, vocês experienciam as coisas de um modo infernal. Quando a percepção é filtrada através do apego, agarramento ou avareza, vocês experienciam o reino dos fantasmas famintos. Quando a percepção é filtrada através da ignorância, então vocês experienciam o reino animal. Quando têm muito orgulho, vocês renascem no reino dos deuses. Quando têm inveja, renascem no reino dos deuses invejosos. Quando têm muita paixão, renascem no reino humano.

Mas a palavra "nascer" ou "renascer" significa muito. Ela não necessariamente significa que, bem agora, estamos todos no reino humano e que não estamos nos outros cinco reinos. Dependendo de qual tipo de karma criamos, nós podemos ir aos outros reinos. Se o karma para experienciar o reino do inferno for o mais forte, então, eu suponho, vocês mudarão esta forma e então, com uma outra forma. experienciarão o tipo infernal de percepção. Mas de acordo com o buddhismo Mahayana, os seis reinos são algo que podem acontecer no decorrer de um único dia!

Então, temos seis reinos. De forma livre, vocês podem dizer que quando a percepção vem mais da agressão, vocês experienciam as coisas de um modo infernal. Quando sua percepção é filtrada através do apego, agarramento ou avareza, vocês experienciam o reino dos fantasmas famintos. Quando sua percepção é filtrada através da ignorância, então vocês experienciam o reino animal. Quando têm muito orgulho, vocês renascem no reino dos deuses. Quando têm inveja, renascem no reino dos semideuses. Quando têm muita paixão, renascem no reino humano. Mas a palavra "nascer" ou "renascer” significa muito. Não necessariamente significa que, bem agora, estamos todos no reino humano e não nos outros cinco reinos. Dependendo de que tipo de karma criarmos, nós iremos para os outros reinos. Se o karma para renascer ou experienciar o reino do inferno for o mais forte, então vocês, eu suponho, mudarão esta forma e então, com uma outra forma, experienciarão um tipo infernal de percepção. Mas de acordo com o buddhismo Mahayana, os seis reinos são algo que pode acontecer no decorrer de um dia!

Por exemplo, quando acordam de manhã, vocês podem estar bem entorpecidos e meio estúpidos, ou ainda sonolentos. Talvez estejam atravessando o reino animal — passaram a última noite fora, ou uma noite sem dormir, ou deprimidos. Talvez, depois de acordarem, alguém que vocês não gostam telefona e o seu dia é arruinado na primeira hora da manhã. Então, vocês realmente ficam raivosos e isso é o reino do inferno. A fim de se livrar dessa situação infernal, vocês assistem televisão. Talvez aconteça de vocês assistirem SOS Malibu. Estou falando sobre um homem, aliás, um homem direito. Vocês se sentem um pouco nauseados com todas essas vistas no SOS Malibu. E então, talvez naquela hora, vocês atravessam o reino humano. Uma vez que terminem de assistir aquilo, vão dar uma caminhada e acontece que o seu vizinho, que efetivamente é bem velho e de aparência nerd, está caminhando em sua direção com a mais bela garota em seus braços. Então vocês sentem um pouquinho de inveja ou ciúme, "Meu Deus, de todas essas pessoas, ele?" Isso é o reino dos semideuses.

Depois disso, vocês vão a um protesto antiguerra, mas não necessariamente com uma boa intenção. É mais com a intenção de "Esta é a coisa politicamente correta a se fazer", e isso é arrogância, não é? E suponho que, quando vocês passando nesse protesto antiguerra, xingando alguns dos bodes expiatórios que elegemos com nosso próprio voto, isso é o que chamo de reino dos deuses — auto-retidão, um tipo de compaixão politicamente correto, uma atitude "faça a coisa certa". Isso é muito divino, muito, muito arrogante. E, provavelmente, em alguma hora durante o dia, vocês passarão uma hora legal, e esta hora legal vocês não vão querer compartilhar com os outros. Talvez este seja o reino dos fantasmas famintos. Então, quando falamos dos seis reinos, efetivamente estamos falando sobre experiências que podem vir no decorrer de um dia. Não é um lugar diferente.

Agora, o aspecto mais importante desta roda da vida é isto: onde quer que estejam — não importa se estejam no inferno, no céu, no reino dos fantasmas famintos ou onde quer que seja —, vocês estão sob uma lei, sob uma autoridade, sob um ditador. Quem é ele? É este homem horrível; estão sob suas garras, sob suas presas. Quem é ele? O Tempo. Este monstro representa o tempo. E o que é tão ruim quanto a ele? Oh, tempo significa incerteza, impermanência, mudança.

É claro, ele tem seus pontos positivos, mas geralmente não os percebemos muito. Por exemplo, vocês poderiam estar experienciando o reino dos deuses, mas isto é mutável. Se não mudar hoje, mudará amanhã. Poderiam estar experienciando o reino dos infernos — mutável! Neste caso, é uma boa notícia. Onde quer que estejam, incluindo a experiência dos três venenos (ignorância, paixão e agressão), isto é impermanente e isso é o tempo. Então, qual é o propósito de nossa vida? Livrar-se desta roda da vida. A liberação é quando você sai desta existência.

O que é que é liberado?

Boa pergunta — este porco. Então, portanto, a cobra e o pássaro também são liberados. Liberados do quê? Destes seis reinos. Trabalhar com a percepção é efetivamente o principal caminho do buddhismo. Tudo tem a ver com a percepção que está ditando sua vida, não é? Por exemplo, quando amam alguém, é uma percepção que está ditando seu romance, seu relacionamento. Se essa percepção é perturbada, mesmo que levemente, sua visão quanto a esta pessoa é definitivamente mudada. Talvez alguém finalmente lhes diga que uma pessoa que vocês namoraram por vinte anos tem um rabo que cresce em certo dia de lua cheia. E se vocês puderem ser convencidos disso, então sua percepção desta pessoa, que vocês namoraram por vinte anos, muda. Da próxima vez que ela telefonar, vocês terão de pensar duas vezes!

Estas percepções são, muito livremente, divididas em seis. Isso é tudo. Efetivamente, os próprios buddhistas dizem que estas não são as únicas percepções que temos, mas isto é a generalização das percepções que temos. Trabalhar com a percepção é realmente a base fundamental do caminho buddhista, especialmente no Vajrayana. Por exemplo, nos ensinamentos dos sakyapas sobre o Caminho e Fruto, há todo um segmento chamado Visão Tripla e isto é muito ensinado lá.

É muito estranho, até mesmo algumas culturas são mais orientadas a animais, algumas são mais orientadas aos deuses e algumas são mais orientadas aos humanos. Apesar, pelo benefício da comunicação, de termos dividido as percepções em “três reinos inferiores” e “três reinos superiores”, não estamos necessariamente dizendo que um é melhor que o outro. Os buddhistas não estão julgando. Vocês sabem por quê? Porque, de acordo com o buddhismo, qualquer um que esteja na pegada deste homem é inútil, esteja no reino dos deuses ou no reino do inferno. A hierarquia não tem muita importância aqui. São todos igualmente inúteis, igualmente sem importância. Alguém pode facilmente dizer que a guerra que tem acontecido na Palestina e Israel mostra o reino dos asuras, o reino dos semideuses. E se vocês virem a fome e inanição da Etiópia, da Índia ou de Bengala, vocês podem quase dizer que este é o reino dos fantasmas famintos. E se vocês virem a mente infinita, insaciável, que requer todos os tipos de brinquedos horríveis para estimulá-la, como couro, correntes e coisas assim, penso que vocês estão experienciando um pedaço do reino animal, não estão?

Se falarmos sobre hierarquia, ou se precisarmos julgar o valor destes seis reinos, os buddhistas diriam que o melhor reino é o reino humano. Por que este é o melhor reino? Porque vocês têm uma escolha. De onde vem esta escolha? Os deuses não têm uma escolha. Por quê? Eles estão muito felizes. Quando vocês estão muito felizes, não têm escolha. Vocês se tornam arrogantes. O reino do inferno — sem escolha, muito doloroso. Quando vocês não estão muito felizes e não estão com muita dor, o que isso significa? Um passo mais próximo da normalidade da mente. E quando estão totalmente com dor, vocês também não experienciam a normalidade da mente. Então, alguém no reino humano tem a melhor oportunidade de adquirir essa normalidade da mente. E é por isto que nas preces buddhistas vocês sempre lerão — idealmente, possamos nos livrar deste renascimento, mas se não pudermos fazer isto dentro desta vida, possamos renascer no reino humano, não nos outros. O reino humano é preferível ao reino dos deuses.

O Sr. Tempo parece bastante imponente. Todo o objetivo disto é escapar do Sr. Tempo, livrar-se de suas garras?

Sim, isso é a liberação. Temos de ir além do tempo. Se nos liberarmos do tempo e do espaço, é isso. Teremos feito nossa tarefa. Não há passado, não há presente, não há futuro. Então não há Sr. Sigmund Freud. Não podemos pensar quanto à nossa infância passada e todas aquelas coisas!

Estamos começando a falar sobre os doze elos da originação interdependente, e a primeira coisa da qual falaremos é a ignorância. Já falamos sobre a ignorância, que é simbolizada pelo porco no centro da roda da vida. O que é ignorância? De modo muito simples, posso dizer que ignorância é, efetivamente, distração. Quando a mente é distraída por algo, então isso é ignorância. Todo o ato de se distrair é ignorância.

Baseado na teoria buddhista, a evolução da ignorância é uma idéia. Vamos pegar uma idéia abstrata, como uma mesa. Primeiro, criamos um rótulo como "uma mesa", mas esse rótulo é, efetivamente, uma entidade abstrata. Por exemplo, quando olhamos para uma mesa, vocês não vêm realmente uma entidade que é a "mesidade". Há pernas, há madeira, há pregos, tudo isso. Se desmontarem a mesa em partes, cada uma delas é um fenômeno diferente: madeira é madeira, prego é prego. Dentro do fenômeno "mesa", há muitas, muitas partes que não são necessariamente referenciadas como "uma mesa". Mas quando estão todas juntas, então há a idéia ou o rótulo de "uma mesa", e criamos essa mesa, criamos esse rótulo. Isso ainda está bem, isso ainda não é uma grande falha. A falha vem em seguida, quando vocês pensam que essa idéia abstrata não é abstrata, mas sim concreta; quando pensam que há efetivamente uma mesa existindo, realmente existindo. Entenderam?

Efetivamente, para colocar isto de modo muito simples, é apego ao rótulo. Ignorância é apego a um rótulo. A partir de toda esta rotulação — flores, mesa, cadeiras, terra, água, fogo —, há um rótulo que é provavelmente o mais perigoso. Não é apenas perigoso; ele tem o maior potencial, é o mais destrutivo, construtivo e, ao mesmo tempo, o mais elusivo. Basicamente, a raiz de todos os outros rótulos é o rótulo de "eu", de "mim mesmo".

Novamente, como a mesa à qual estávamos nos referindo anteriormente, quando dizemos "eu", estamos nos referindo a algo abstrato. Isso está bem; mas o que não está bem é o forte apego a este "eu", que é representado pela figura de uma pessoa cega [1] bem abaixo das presas do Tempo, o monstro irado. O que esta ignorância faz? O "eu" é essa forte noção que pode destruir todo o mundo se a ele for dado autoridade, equipamento, dinheiro, poder. Todos temos o potencial para sermos — e somos de nosso próprio modo — um pouco de Saddam Hussein, um pouco de Osama bin Laden, um pouco de George Bush, um pouco de Donald Rumsfeld. Todos nós temos esse potencial. Por quê? O apego ao "eu" é muito forte. Por que esse apego ao "eu" é tão forte? Porque, ironicamente, ele ainda não confirmou que existe, é por isso. É muito irônico, não é? Quando algo não está certo, vocês têm este impulso obsessivo de confirmá-lo. Têm de conseguir a confirmação. É por isso. E isso vem acontecendo para sempre. Esta incerteza — se o "eu" existe ou não — precisa ser confirmada constantemente e vocês precisam confirmá-la.

E o que vocês fazem? Vocês agem — fazem amigos, fazem compras, fazem sexo, usam chicotes e algemas, ou cera derretida, o que faz com que vocês realmente sintam que existem. Este é o segundo elo, a ação, que é representada por uma pessoa fazendo um pote [2]. Nos termos buddhistas clássicos, karma é ação. Quando estamos inseguros, vocês sabem como temos de fazer algo, desde tomar Prozac até fazer meditação, ou cantar mantras, o que quer que seja — todas estas são ações para provar que vocês existem. E quando falamos sobre estes elos, ele estão em um tipo de ordem. Mas não pensem que estas coisas demoram — como se primeiro houvesse a ignorância, e então houvesse uma pequena pausa, e então houvesse ação. Não é assim. É realmente, realmente rápido. É muito rápido, quase ao mesmo tempo.

No momento em que vocês têm a ação, ela é acompanhada pela consciência, que é representada por um macaco [3] — esperto, muito esperto, pulando todo o tempo, indo a todo lugar. Aqui, lá, vocês pensam que ele está aqui e no próximo minuto ele está lá. Mas, vocês sabem, esses macacos domados estão acorrentados com todos os tipos de cordas. Não importa o quão espertos eles sejam, eles ainda não sabem como desfazer estes elos e correm daquele que os abusam. Basicamente, a consciência emerge da ignorância. Os macacos são espertamente estúpido, isso é tudo. Eles são idiotas espertos. (É um tipo de injustiça quanto aos macacos!)

Então, o que aconteceu? Vocês precisam confirmar esta ignorância, esta insegurança. Vocês criam uma ação; a ação é acompanhada por esta consciência, como a consciência do olho, a consciência do ouvido, a consciência do nariz, a consciência da língua e a consciência do tato. Isto então se desenvolve nama e rupa, o que é representado na quarta imagem da roda da vida, nome e forma. Poderia ser João, Paulo, democracia, uma tendência ou uma moda. Mas estritamente falando, aqui há um bote que simboliza a identidade, e dentro do bote há cinco agregados que são representados pelos cinco viajantes [4]. Aonde quer que vá este rótulo, esta identidade, este tendência, de algum modo os cinco agregados, sem muita escolha, vão junto. Aonde eles vão? Eles não alcançam lugar nenhum. Apenas rodam e rodam neste oceano do samsara. Basicamente, estamos falando sobre construir a identidade, auto-identidade, si mesmo. Vocês agora construíram com sucesso uma identidade — mim mesmo, eu, buddhista, hindu.

Então, uma vez que construam isso, do que vocês precisam? Este "mim", este "eu", sem todo o resto, é inútil. Novamente, ele se tornará muito solitário. Ele precisa de um lugar para se distrair, para se ocupar, como um emprego ou um entretenimento, que é representado por uma casa vazia com cinco portas [5] — os objetos dos sentidos como visão, som, odor, sabor, toque. Com esta identidade, esta noção de "eu", atravessamos ou entramos nesta casa dos objetos dos sentidos. É uma casa vazia; não há nada dentro, mas pensamos que há algo muito valioso dentro dela. Ou, se acontecer de estarem dentro dela, vocês pensam que deve haver algo muito valioso do lado de fora, e então vão para fora. Então, isto faz nascer o quê? O contato [6]. Os tibetanos são incorrigíveis quando pintam; isto é supostamente um homem e uma mulher se beijando. Basicamente nos encontramos, temos contato entre o sentido e o objeto do sentido, a consciência e o objeto. Há o contato, e a que este contato conduz? Conduz ao sentimento, que é representado por ser cegado por uma flecha em um olho [7].

Vamos voltar ao "eu". Temos o "eu", a ignorância — inseguro e ao mesmo tempo muito, muito, muito orgulhoso. Muito egoísta, mas ao mesmo tempo muito inseguro, e por causa disso temos de fazer algo. Conforme fazemos, criamos consciência, forma, criamos um certo tipo de identidade, uma tendência ou algum tipo de moda à qual pertencemos. Sem a ajuda da forma, da tendência, deste sentimento, saímos para os objetos dos sentidos, e quando saímos, encontramos o objeto. No momento em que nos encontramos, então sentimos — não necessariamente sentimentos bons, às vezes sentimentos ruins. Um sentimento é criado. O sentimento conduz ao apego, que é representado por uma pessoa bebendo álcool [8]. Este "eu" inseguro está atravessando esta forma e sentimento, e toda esta identidade, e então encontramos um sentimento muito bom. Claro, cobiçamos por mais.

Mas às vezes encontramos contato ruim, sentimento ruim, e então cobiçamos dissipá-lo, para desfazê-lo, para ganhar algum tipo de vitória. Vocês sabem como somos tão apegados para consertar o problema, não somos? Em ambos os casos, basicamente, o que está acontecendo — estejam vocês simplesmente desfrutando a experiência, ou talvez não necessariamente desfrutando-a — é que há um tipo de sentido de vício para se liberar do problema, para consertar o problema. Em ambos os casos, vocês obtiveram cobiça, cobiça por mais.

A cobiça conduz ao tomar, que é representado por uma pessoa pegando alguma fruta [9]. Então tomamos — informações, posses, comida, bebida. Uma vez que vocês tomem, o tomar conduz ao apego que é simbolizado pela mulher grávida. Então vocês seguram o que cobiçam e o que acabaram de obter ao tomar. Esse segurar é o que chamamos de existência, e isso é representado pela mulher grávida [10], que então conduz ao nascimento [11]. O nascimento automaticamente conduz ao envelhecimento; o envelhecimento conduz à morte [12].

Estes são, brevemente, os doze elos da originação interdependente. O que estive explicando a vocês é apenas realmente, realmente o básico. Este é um assunto muito grande; ele é ensinado no Abhidharmakosha e no Abhidharmakosha-karika de forma realmente extensiva.

Não estamos apenas falando sobre uma evolução humana natural — primeiro a ignorância, então a ação e assim por diante. Definitivamente é isso, mas também estamos falando sobre o que acontece dentro de um instante. Quando vamos a uma cafeteria e pedimos um cappuccino, há ignorância, que conduz à ação, que conduz a tudo... Até vocês terminarem seu cappuccino, que é a morte, que então conduz a um aperitivo, a uma dor de cabeça ou alguma outra coisa. Em cada ação, em cada aspecto de nossa vida, há os doze elos da originação interdependente.

adaptado de www.siddharthasintent.org

O MANTO DA INVISIBILIDADE


Talvez uma das coisas que mais atraem as pessoas para o esoterismo e seus ensinamentos, seja o poder de se tornar invisível.

Não é maravilhoso ?
O poder de não ser visto se não quiser ?
O que vamos ensinar agora, é para ser utilizado diariamente.

O segredo de se ficar invisível esta no momentum conseguido com a repetição contínua da invocação do manto.

Levante-se todas as manhas e faça a "Oração da Manha", que contém a invocação do manto:

Esta oração foi elaborada para que possamos pedir logo pela manhã, uma intercessão divina em nossas vidas. Um primeiro contato que abre logo cedo, no início do dia, um contato com a Luz de Deus.

Inclua sempre o nome de seus familiares mais próximos, eles fazem parte de sua mandala.

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A ORAÇÃO DA MANHÃ

Em nome do Pai, do Filho, do Espírito Santo e da Mãe Divina, Em nome de Sanat Kumara e Vênus, Em nome da minha Poderosa Presença do EU SOU e do meu Eu Superior, Em nome de Hélios e Vesta, Jesus Cristo, a Mãe Maria e o Arcanjo Rafael.

Eu . . (fale aqui o seu nome). . , Invoco aqui e agora a intercessão divina na minha vida espiritual, emocional, mental, física, financeira, pessoal e profissional.

Invoco as Poderosas Energias de Evolução, Purificação e Expansão do Sol,

Invoco tudo o que preciso para completar meu plano divino e cumprir com meu carma pessoal e ajudar meus irmãos na Luz, diretamente da minha Amada Presença de Deus, o EU SOU O QUE EU SOU, do meu Corpo Causal e da Amada Mãe Terrenal :

Eu comando aqui e agora, a Presença de Deus, a Presença do meu Eu Superior e do Arcanjo Miguel, com seus Anjos e Arcanjos para que protejam a mim, a . . (minha família). . . . . . . . . ., as nossas casas, nossos carros, os nossos quatro corpos inferiores, os nossos chakras, as nossas auras, as nossas mentes conscientes, subconscientes e inconscientes, e as nossas palavras e atos e o nosso Plano Divino Manifestado.

Invocamos o nosso manto da invisibilidade, para que seja colocado sobre nós, nos fazendo invisíveis ao mal, encarnados ou não.

Invocamos Direção, Criatividade, Sabedoria, Oportunidade e Suprimento Divino, para que possamos Vencer/ Superar todas as barreiras, todas as necessidades, todos os problemas e todos os inimigos da Luz de Deus.

Em nome de Saint Germain, o Chohan do sétimo raio de Deus, invocamos a Chama Violeta do coração do Planeta Violeta, para que

* Queime e Consuma (3x) com todo o carma negativo existente nas nossas vidas,

* Purifique (3x) nossos chakras, nossos quatro corpos inferiores e a nossa aura, e

* Consuma (3x) com toda a substancia lunar atuando sobre nossas vidas

Amém, Amém, Amém

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Durante o dia, sempre que achar necessário, invoque o manto da invisibilidade novamente, e faça o movimento com as mãos, buccando-o em seu coração e colocando-o sobre você ou sobre o que quiser, como seu carro ou seus amigos e familiares, reforçando o pedido.

O simples repetir e acreditar nesta oração faz com que a mágica funcione. Você terá provas disto.

Diga então:

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INVOCAÇÃO DO MANTO


Em nome de Alfa e Omega eu invoco o manto da invisibilidade, da câmara secreta dentro do meu chakra do coração, para que seja colocado aqui e agora sobre mim e sobre : . . . . . (diga quem ou o que quer proteger) . . . protegendo-nos do mal e de sua força maligna e também de . . .(diga o nome das pessoas quem não quer que te vejam). . . .

Está feito, está selado, está terminado, pelo poder da chama trina em meu coração,

Amém, amém, amém.

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Imaginem o valor de se tornar invisível em uma guerra.

Nunca se sabe, esta é uma arte para se aprender e utilizar nas horas mais inesperadas.

Lembrem-se: o segredo desta mágica é a Constancia. O manto só será eficaz se fizer sua invocação todos os dias despretensiosamente e com devoção.

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